comeu, por fim, o que me restava
e das vísceras sobrou um escarro de mim,
que não sou eu
que não é meu
e tem medo.
o verme dilacerou meu nome,
agora me chamo nada,
de chama tenho nada
e o que quero é nada.
o verme fez vencer o maldito,
o nojento chamado apreço,
que por aí se diz construir o que não se destrói.
o verme se olha no espelho,
se deita para dormir,
se põe à mesa,
fala, escuta...
o verme vive.
eu, não mais.