quarta-feira, 18 de março de 2015

MEIO VOCÊ: EU

Ávida espera
no peitoril da vida
Meta-loucura; meta-amor
Feérica imagem nos olhos da razão
que abafam os sentidos, os ouvidos,
a sanidade.
Piscam-se os olhos: você.
Piscam-se as luzes: você.
Piscam-se as horas: você.
Meia noite: você.
Meio dia: você.
Meio eu: você.
Tarda-se o dia e a demora fixa se instala no peito.
Diz-me: sou tua.
Minha. Sei.
Você não sabe o que seria...
Meio dia: minha.
Meia noite: minha.
E como poderia?



domingo, 8 de março de 2015

NÃO FOI AMOR

Não foi amor.
Foi um um suspiro exacerbado de euforia e pouco prestígio por si.
Foi uma loucura daquelas chamadas "sem precedentes".
Foi precedente para o que não se precisava viver.
Foi melancolia desde o primeiro dia.
Foi volúpia à primeira vista, ósculo pecaminoso, riso sem escrúpulos, insignificância de uma vida.
Foi brincadeira maldosa, jogo sem regra, partida sem juiz.
Foi um tapa na cara, na vida, no fim.
Foi um mar na cama, uma noite em ondas, um marinheiro, uma sereia.
Foi mais que uma chama, foi incêndio na alma, foi a vida inflamada.
Foi ida sem volta.
Foi mais que amor.