sobre a estante
sob a língua
derretido
esparramado
tão de casa.
o esfarelar doce
sujando os dentes,
moldando os sonhos
por baixo do pano preto.
o livramento
não-burocrático
e particular.
derradeiro suspiro
antes de afundar num rio de nada
e lá nadar com cada nada.
eu sinto falta
daquele nada.